Resenha "Garota Interrompida" - Susanna Kaysen | Maratona Literária

Oi Gente, tudo bem com vocês?

O livro de hoje tem o tema bem forte e estou achando bastante complicado encontrar palavras para descreve-lo sem dar nenhum spoiller pra vocês. Este foi o quarto e último livro que li durante a maratona e li em umas quatro horas e quando deu 00:00 faltavam apenas 17 páginas para terminar.
Ele conta a história de Susanna, que foi considerada uma garota problemática e com um alto risco a si própria o que acabou levando-a para uma clinica de "reabilitação". Poucas pessoas vão gostar desse livro, tenho certeza, ele é complicado e algumas vezes chegou a me deixar um pouco confusa apesar de entender exatamente o que dizia. Faz sentido? Não? É isso ai, vamos ao livro.

SINOPSE: Quando a realidade torna-se brutal demais para uma garota de 18 anos, ela é hospitalizada. O ano é 1967 e a realidade é brutal para muitas pessoas. Mesmo assim poucas são consideradas loucas e trancadas por se recusarem a seguir padrões e encarar a realidade. Susanna Kaysen era uma delas. Sua lucidez e percepção do mundo à sua volta era algo que seus pais, amigos e professores não entendiam. E sua vida transformou-se ao colocar os pés pela primeira vez no hospital psiquiátrico McLean, onde, nos dois anos seguintes, Susanna precisou encontrar um novo foco, uma nova interpretação de mundo, um contato com ela mesma. Corpo e mente, em processo de busca, trancada com outras garotas de sua idade. Garotas marcadas pela sociedade, excluídas, consideradas insanas, doentes e descartadas logo no início da vida adulta. Polly, Georgina, Daisy e Lisa. Estão todas ali. O que é a sanidade? Garotas interrompidas.
Um relato pessoal, intenso e brutal que nos faz refletir sobre nosso papel na sociedade, Garota, interrompida é uma leitura obrigatória, que inspirou o filme homônimo sucesso de bilheteria que concedeu a Angelina Jolie seu papel mais importante e o Oscar de melhor atriz coadjuvante.

 Susanna é uma garota "normal" para a época que vivemos hoje. Recém saída do ensino médio, fez algumas coisas que chocariam até mesmo nós, seres de consciência livre e mente aberta, como por exemplo o caso que teve com seu professor mas, fora isso, sua rebeldia nos pareceria extremamente normal. Ela era uma garota de idéias fortes, que não entendia muitos dos porquês da sociedade, que não conseguia se estabelecer em um padrão e que tinha algumas crises de identidade. Seriam somente esses o problema dela se depois do breve caso que teve com seu professor não tivesse tentado se matar e essa questão não ficasse sempre e constantemente na sua cabeça.

“Você está louca?” É uma expressão corriqueira, eu sei. Para mim, contudo, tem um significado particular: os túneis, as telas de segurança, os garfos de plástico, a fronteira reluzente e sempre móvel que, como todas as fronteiras, nos acena e nos pede que a atravessemos. Não quero atravessá-la de novo.

Depois do triste episódio do quase suicídio, ela decidiu que não queria mais morrer e se assustou bastante com isso mas, ao mesmo tempo a insatisfação com a vida era muita.

As coisas mudaram na vida de Susanna tão drasticamente que ela ficou sem entender e sempre haverá controvérsias de como isso aconteceu. Uns dizem que demorou cerca de uma hora para que o médico chegasse a conclusão de que ela precisava ser internada urgentemente mas para ela, não foram nem 15 minutos e ela já se encontrava a caminho da instituição.

No hospital psiquiátrico, ela fez várias amigas, cada uma com um tipo de transtorno ou problema, não eram consideradas perigosas pra ninguém a não ser para elas mesmas. Eu achei super legal a amizade doida que elas criaram, a Lisa é a minha favorita e eu cheguei a dar algumas risadas com ela. Foi muito legal ir acompanhando o desenvolvimento dessas meninas e a forma que elas tinham para passar o tempo.

Ao mesmo tempo em que eu via meninas totalmente insanas e loucas, eu via meninas completamente normais e que só eram muito reprimidas pela época. Lógico que algumas ali tinham transtornos bem sérios que acabavam a fazer mal a outras pessoas e que poderiam causar muito mal a elas mesmas como por exemplo a Lisa que tinha além dos transtornos psiquiátricos um "leve gosto por drogas".

No começo da resenha eu disse que poucas pessoas iriam gostar desse livro, e repito mas, eu gostei, gostei muito, adorei conhecer essas meninas, senti que vivi um pouco do que elas viveram e achei muuuuito interessante saber como as coisas aconteciam naquela época e um pouquinho mais sobre determinadas doenças psiquiátricas também se é que podem ser chamadas assim.

Se você não odiar o livro, com certeza vai amar, ele não é um livro fraco, é para poucos.
Espero que façam parte desses poucos porque a história é fantástica e com certeza vale a pena a leitura. As folhas são amareladas e as letras tem um tamanho ótimo. Apesar de todo esse conteúdo o livro é bem curtinho, tem 192 páginas e dá pra ler tranquilo em um dia.

Não se esqueçam de deixar seus comentários. Espero que gostem do livro.
Super beijo!!
:**

50/50